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“Existirá,

porventura, alguma coisa no interior?”

(LYRA, 2012, p. 116)

sobre “o primeiro dos martírios, o de 16 de julho de 1645”

(R454, 2011, p. 237)

além da “imagem da padroeira do Cunhaú- suposta testemunha ocular dos acontecimentos"

(OLIVEIRA, 2003, p. 85)

Já que "quanto à pesquisa arqueológica, informamos que não constam nesta Superintendência registros de realização de pesquisa arqueológica no referido engenho."

(IPHAN, 2020b)

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Patrimônio Material

"Trata-se,

de importante estudo histórico, que busca elementos comprobatórios para a existência de uma capela, anterior ao prédio atualmente conhecido, ao mesmo tempo que apresenta possibilidades tanto para a pesquisa arqueológica quanto a sua utilização para o turismo histórico, na região do antigo engenho Cunhaú. Seu autor baseou-se em bibliografia e iconografia que remetem ao engenho Cunhaú e mesmo aos seus antigos proprietários, com destaque para André de Albuquerque Maranhão Arcoverde, último Governador dos Índios do Rio Grande do Norte, durante o Império."

"Em nosso estado,

possuímos apenas um turismo exclusivamente de natureza, com enfoque maior na praia. Praticamente, inexiste o turismo cultural e isto se reflete inclusive na preservação e conservação das nossas edificações históricas. A história é viva, atestando o passado e apontando para um futuro que estamos construindo a cada dia. Seu trabalho tem o mérito de levantar estas questões e apontar a Capela de Cunhaú e o engenho como potencial turístico importante para nosso estado. Neste caso, o turismo cultural ainda adquire uma feição religiosa que pode e deve ser explorada como atrativo turístico, não apenas para quem visita o nosso estado, mas para o potiguar que muitas vezes desconhece sua própria história. É necessário, logicamente, uma união de forças para que isto se concretize, começando pelo poder público, que precisa dar condições e visibilidade ao turismo cultural, perpassando pela iniciativa privada, essencial neste processo, e até mesmo pela área acadêmica, divulgando junto às escolas e universidades este potencial turístico. A Capela de Cunhaú conta um importante fato histórico ocorrido durante o período da invasão holandesa ao RN, cuja relevância ultrapassa nossas fronteiras estaduais. Que seu trabalho lance uma nova luz sobre este espaço tão carregado de memórias e inspire um novo olhar sobre o turismo cultural/religioso em nosso estado."

Composta,

pela alegoria de “[...] Frans Post, retratando o Engenho Cunhaú [...]” vinda do “mapa relativo à Capitania do Rio Grande, elaborada por Jorge Macgrave, em 1643” contraposta na “[...] casa grande do Engenho Cunhaú, vendo-se também, à direita, as ruínas da Capela de Nossa Senhora das Candeias” com uma fotografia autoral de 01 de maio de 2015, vinda de um celular Samsung Galaxy S3 emprestado. E com o método inquisitorial do historiador italiano Carlo Guizburg aliada ao critério de atestação múltipla da seleção de bibliografia sobre a casa senhorial do extinto Engenho Cunháu histórico.

De seus “[...] 45 metros, ficaram quinze...”, e que era “contígua à capela”, e ainda tinha uma “[...] escada [...] [na] casa grande de Gonçalo de Oliveira.”

Ademais é amplamente apoiada também numa concisa prospecção bibliográfica de arquitetura colonial, visto que as capelas podiam “estar ou não ligadas à casa-grande”, cuja técnica construtiva é vista na Capela do Engenho da Graça, em João Pessoa-PB, que foi de “André de Albuquerque Maranhão [5º Senhor Hereditário do Engenho Cunhaú]”, que tem uma “justaposição da Casa Grande com a Capela.”

Logo a "capelinha edificada pelo capitão-mor Jerônimo de Albuquerque, quando da fundação do Engenho em 1604, foi retratado pelo artista flamengo Frans Post” sendo apresentadas as estruturas do extinto engenho Cunhaú histórico como a Casa Grande no centro, e a esquerda uma capela contígua, que poderá ter sido feito com a característica muito comum nas edificações coloniais que era feita em construções de taipa de pilão, já que é visível na pintura linha verticais, indício corriqueiro da técnica.

E a capela “original” de Nossa Senhora das Candeias estaria com seu frontão sobreposto por um cómodo interior ligando a moradia senhorial, talvez pela autorização em 1641, de aumentar a ermida, ao invés de ser edificada uma nova como desejo dos colonos.


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